QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS E REGRAS BÁSICOS DA MAÇONARIA RETIFICADA?

A Maçonaria praticada pelos maçons regulares e reconhecidos é baseada em uma série de regras e princípios que sustentam o trabalho maçônico de forma constante no tempo e no espaço. Eles garantem serenidade e criam um “espaço” favorável no qual o maçom pode trabalhar livremente em seu desenvolvimento pessoal.

Assim é com a aceitação da crença da Maçonaria no Grande Arquiteto do Universo, que se reflete em particular pela presença da Bíblia no Rito Escocês Retificado, como um Livro Sagrado, aberto durante todas as reuniões. Essa noção fundamental pode não ser adequada para aqueles que, reivindicando uma forma de materialismo filosófico e rejeitando qualquer abordagem do sagrado, às vezes a confundem com dogmatismo, teologia, as igrejas. No entanto, este não é o caso da Maçonaria tradicional, no centro da qual a iniciação é colocada como um método de realização pessoal.

Alguns podem lamentar que ela se afaste de si mesma uma série de homens respeitáveis que agem de boa fé e que, no entanto, reivindicam um ideal digno de consideração. De fato, optam por uma forma de pensar diferente, à qual corresponde outro tipo de maçonaria, que não aquela da qual falamos aqui, que responde melhor às suas ideias, voltada para os problemas do mundo exterior.

Além disso, a Maçonaria Retificada espera que seus seguidores respeitem as leis do país que garantem proteção à Ordem Maçônica.

Eles se abstêm de ter discussões de natureza política ou religiosa, que muitas vezes são fontes de tensão e conflito.

Lealdade à tradição iniciática
Devido à natureza iniciatória de sua atividade, os maçons regulares, a fim de cumprir as regras da Maçonaria tradicional, não podem admitir seu trabalho em lojas visitantes que não sejam maçons iniciados em lojas que façam parte de Obediências reconhecidas, em qualquer parte do mundo. Eles não podem participar deste trabalho e ao mesmo tempo se destacar desafiando seus princípios fundamentais.

Por outro lado, os maçons iniciados na regularidade evitam participar de “reuniões” em lojas que fazem parte de obediências não reconhecidas. Isso se deve à consideração que cerca a “arte real” e ao fato de que uma reunião maçônica não é apenas uma reunião de amigos e conhecidos; É um ato iniciático que requer um envolvimento individual real e uma forte confiança mútua dos participantes, que se reconhecem como maçons.

Tudo é simples, sem nunca perder de vista o que distingue o universo da Loja do mundo secular, lá fora. Cada maçom obviamente tem amigos preciosos que não são maçons. Da mesma forma, ele tem afeto e estima por muitos maçons que praticam a Maçonaria não tradicional. Mas esses relacionamentos, por mais próximos que sejam, encontram seu ambiente, expressão e realização em outros lugares e em outros momentos.

O maçom regular concorda ainda em participar apenas de “sessões maçônicas” (ou reuniões rituais) em lojas que fazem parte das obediências que praticam ou com aquelas que tenham acordo de mútuo reconhecimento e regularidade.

O que igualdade e liberdade significam para um maçom?
Na loja, todos os maçons são iguais, qualquer que seja sua posição na sociedade. Todos têm os mesmos direitos, mas também os mesmos deveres. Todos podem expressar o que pensam com liberdade e franqueza, com a certeza de que outros ouvirão com atenção e refletirão sobre as palavras ouvidas.

A liberdade é concebida na Maçonaria de outra forma que não em um nível puramente político ou social. A liberdade do maçom não é aquela concedida a ele pelo estado ou outras autoridades.

Para ele, ser livre significa, antes de tudo, esforçar-se para ser consigo mesmo, na forma como você age e pensa.

Essas regras fazem parte de um conjunto completo e lógico. Eles são repetidos por todas as Obediências no mundo que praticam a Maçonaria das origens, das quais constituem a fiadora da continuidade e da coerência no tempo. A eliminação – mesmo parcial – dessas regras em uma loja levaria de fato ao desaparecimento de seu caráter tradicional e regular.

Como entender os termos “fraternidade” e “tolerância”?
Na Maçonaria, a fraternidade não é o simples resultado de um desejo comum de relações amigáveis. Em vez disso, encontra sua fonte no fato de que todos os maçons embarcaram em um caminho comum de busca de significado e enriquecimento espiritual. Cada um, portanto, encontra-se unido aos outros maçons pela experiência compartilhada de uma vida simbólica.
Dado as características especificas do Rito Escocês Retificado em seu último Grau Simbólico, chamado de Mestre Escocês Retificado e na Ordem Interna , as visitações não são permitidas nem mesmo para aqueles que detenham Altos Graus em outros sistemas e Ritos Maçônicos.
A participação ao grau 4 no RER, assim como, voltamos a salientar, na Ordem Interna , exige de seu obreiro compromissos profundos, posturas éticas, morais e religiosas impossíveis de serem aferidas em eventuais visitantes, sem previa analise e avaliação.